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Este livro analisa a racionalização das tradições num contexto de modernidade tardia. A análise tem como ponto de partida as tradições gaúchas e sua manifestação nos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). O estudo foi desenvolvido com base na bibliografia especializada sobre o tema e em uma pesquisa efetuada durante o ENART 2008 - Encontro de Arte e Tradição Gaúcha, realizado em 2008 na cidade de Santa Cruz do Sul - RS. Os estudos apontam que a modernidade tardia traz à tona a reflexividade e racionalização das relações, experiências e tradições. Tradições são (re)inventadas e, neste caso, (re)inventadas tendo o CTG como cenário e esta (re)invenção permite manter os vínculos e a sociabilidade do grupo sócio-cultural que se reconhece enquanto grupo e se diferencia dos demais por identificar-se em torno de símbolos, práticas, crenças e rituais que os une, pois é comum a todos eles, independente do espaço geográfico que ocupem. Na modernidade tardia o caráter de ludicidade atribuído às tradições (re)inventadas no CTG é o fio condutor para inúmeras relações que se estabelecem nesse cenário e é o combustível de todas as práticas e rituais vivenciados ali. A ludicidade das atividades dá sentido às práticas tradicionalistas e à toda tradição que foi (re)inventada e que passa a ser racionalizada no contexto de modernidade reflexiva. Essa apropriação do caráter lúdico das tradições e as relações estabelecidas no CTG a partir dos símbolos, práticas e rituais sinalizam que estamos vivenciando no Brasil um contexto de modernidade tardia. No contexto da modernidade tardia, a tradição racionalizada é uma maneira de evitar choques entre diferentes valores e modos de vida, uma vez que age como articuladora de atores e grupos sociais, entre as diferentes instâncias do mundo social.
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O caráter especial desse livro é a interdisciplinaridade das pesquisas. Referenciais teóricos como Walter Benjamin, Pierre Bourdieu, Boaventura Santos e Norbert Elias ajudam a entender melhor o funcionamento da interligação entre informação e conhecimento, educação popular e saúde. Os textos concentram suas questões antes nos atores institucionais, para depois formular a indagação sobre como exercem o papel de distanciamento e neutralidade ao optar por outra atitude, qual seja, a “... do afastamento e de ‘neutralidade ativa’, por ser esta mais favorável a uma posição de escuta, propiciadora ao aparecimento de outras vozes”, apontam os organizadores. A preocupação em fazer essa pesquisa alcançar além do mundo acadêmico é ponto primordial em todos os textos. Ressalta-se, ainda, a urgência em se formarem ‘comunidades interpretativas’ para o “compartilhamento de conhecimentos, práticas e experiências dos diversos atores”.
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Raul Borges Guimarães produziu esta obra pensando principalmente nos estudantes de geografia que estão em busca de informações sobre biogeografia e geografia da saúde. Mas o autor ressalva que o livro também se dirige aos profissionais de saúde que identificam essa subdisciplina como uma alternativa para enriquecer a abordagem social e ambiental dos problemas de saúde. Com tal objetivo, ele procurasintetizar os questionamentos que levanta em especialem sua dissertação de mestrado, tese de doutorado e tesede livre-docência.Resultado de 20 anos de estudos geográficos no campo da saúde coletiva, a obra remete à formação inicial do autor na área de saúde coletiva entre 1986 e 1987 no Instituto de Saúde de São Paulo. Naquela época, ele relata, a busca era pela relação entre o espaço geográfico e o processo saúde-doença. Mas os resultados do trabalho o levaram para o estudo dos equipamentos médico-hospitalares e o impacto da inovação tecnológica no trabalho do médico e a perceber, logo em seguida, o poder dos circuitos médico-hospitalares na produção da própria cidade. A constatação o transportou para o estudo da saúde urbana.Assim, Guimarães partiu “do território para a geografia inscrita no corpo do cidadão brasileiro”, especialmente daquele que vive do trabalho, para contribuir com o entendimento da saúde pública. Ele explica que esse movimento tem como base a renovação da epidemiologia (que busca caracterizar os determinantes sociais e ambientais dos problemas de saúde), a preocupação com o desenvolvimento da promoção de saúde, compreendendo o território como estratégia de ação, e a necessidade de regionalizar o sistema e os serviços e ações de saúde, entre outros fatores ligados à história recente da saúde coletiva.
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Este livro apresenta reflexões de pesquisadores brasileiros e argentinos sobre a comunicação de massa na perspectiva da antropologia. Nas últimas décadas tem crescido o interesse pela comunicação de massa dentro do campo da antropologia. Ela tem, cada vez mais, se voltado para temas contemporâneos buscando examiná-los à luz de um novo enfoque, que percebe sua complexidade, sem preconceitos ou visões estereotipadas. O universo dos meios de comunicação com seus emissores, receptores e mensagens é um fértil terreno de pesquisa e uma excelente porta de entrada para compreensão da vida social no século XXI.
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"O livro integra a coleção “Desafios Contemporâneos”, cujo objetivo é apresentar e discutir temas de interesse da sociedade em linguagem acessível ao grande público, sem prejuízo do rigor científico. No caso desta obra, os vários autores lançam um olhar panorâmico sobre a questão da identidade nacional, de modo a contribuir para o debate sobre o que é o Brasil e quem são os brasileiros.O trabalho foi dividido em cinco núcleos temáticos: a questão racial, o corpo, a língua, a religião e a cultura. Os ensaios procuram sempre adotar uma perspectiva ampla, do ponto de vista temporal e temático, tendo como horizonte a compreensão dos desafios sociais, políticos, econômicos e culturais do Brasil contemporâneos.É feito ainda um amplo balanço das diferentes formas de entender a identidade nacional, a partir da confrontação dos principais pensadores que se dedicaram ao assunto ao longo da história, e uma análise do estado atual das pesquisas sobre a identidade brasileira e os seus possíveis desdobramentos na área de ciências humanas do país."
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O livro é uma etnografia entre clientes e profissionais de clínicas de reprodução assistida. Com origem na tese de doutorado da autora, apresentada em 2004, ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Museu Nacional (UFRJ), analisa as novas tecnologias reprodutivas e a clonagem humana com base nas relações de parentesco e na noção de pessoa, tópicos fundamentais na antropologia. A reprodução como objeto de intervenção médica, as peculiaridades do campo de pesquisa sobre reprodução assistida, a família, o discurso biomédico, a construção cultural do corpo, as teorias da concepção e as noções de hereditariedade são temas discutidos ao longo dos cinco capítulos da obra.
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A árdua tarefa de viver a maternidade atrás das grades é o cerne da presente obra. Mediante o desrespeito às inúmeras formas de se constituir família, premente é o debate sobre os modos de sobrevivência das famílias monoparentais femininas cuja principal responsável encontra-se privada de liberdade. Através da experiência vivida pelas reclusas da Cadeia Pública Feminina de Franca/SP, identificamos quem são estas mulheres, como vivem e onde e com quem estão seus filhos, evidenciando, assim, a sobrecarga de responsabilidades imposta às mães devido à irrefutável desigualdade de gênero. Com isto, visamos dar visibilidade às mulheres cujas grades da prisão cindam sua convivência familiar.
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O fenômeno dekassegui tem se destacado no Brasil pelo expressivo contingente de descendentes de japoneses que se desloca para o Japão, em busca de trabalho e de uma poupança financeira, e retorna novamente. Muitos refazem esse ciclo mais de uma vez, em sucessivas idas e vindas, caracterizando um movimento pendular. Esse livro, derivado de uma dissertação de mestrado, aborda a experiência de retorno ao Brasil, do migrante dekassegui, particularmente dos filhos desses migrantes, que acompanharam seus pais nessa saga migratória, ainda pequenos, alguns tendo nascidos no Japão. São relatados e analisados casos de crianças e adolescentes, destacando-se suas dificuldades e desafios no processo de integração ou de reintegração à cultura brasileira, que emergem principalmente no contato deles com o ambiente escolar. O desamparo psíquico no processo de adaptação/readaptação dos filhos de dekasseguis na chegada ao Brasil pôde ser identificado nas crianças e também nos próprios pais dekasseguis. Os pais sentem-se desamparados antes mesmo de retornarem para o Brasil. São inúmeras as dificuldades da família dekassegui na chegada ao Brasil, potencializadas por um sentimento de estranhamento do ambiente que antes era bastante familiar e de um estranhamento de si mesmo. Além disso, os pais se defrontam com a questão da identidade cultural de seus filhos, fortemente enraizada na cultura japonesa, o que não se tornava tão evidente quando viviam no Japão. A língua será o principal indicador das raízes mais profundas da identidade cultural dos filhos e o desafio maior a ser enfrentado. Também o fator idade, o tempo de permanência no exterior e o grau de escolaridade em que essas crianças se encontram no ato da imigração acabam contribuindo para as dificuldades de adaptação/readaptação à escola. No entanto, apesar de muitas dificuldades e desafios a serem enfrentados, os dekasseguis e seus filhos trazem consigo, no retorno, um capital cultural inestimável que precisa ser valorizado e aproveitado.
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Este segundo volume da Série Tecnologia Social deriva do interesse que o tema tem despertado em professores, estudantes, gestores públicos e participantes de movimentos sociais com quem seu autor vem dialogando. E de sua percepção de que a sociedade mais justa, igualitária e ambientalmente sustentável que desejam demanda uma aliança da comunidade de pesquisa que hegemoniza as políticas cognitivas (da Ciência e Tecnologia e do Ensino) e dos trabalhadores que intentam sair da informalidade para a Economia Solidária. Deter a exclusão que penaliza a maioria da população mundial e caminhar na direção de uma sociedade fundamentada numa outra tecnociência são a raiz dos argumentos sintetizados no conceito de Tecnologia Social. Nas palavras do autor, “o livro visa somar-se ao trabalho de um número crescente de latino-americanos que estão construindo a plataforma cognitiva de lançamento - a Tecnologia Social - de uma nova proposta societária - a Economia Solidária”.
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Segundo livro de Nashieli Rangel Loera sobre o tema, Tempo de acampamento conduzo leitor através do mundo das ocupações, retratando a vida, experiências e objetivos de homens e mulheres que decidem conquistar um pedaço de terra no Brasil por meio dos movimentos populares organizados. Como metodologia, a autora optou por acompanhar no campo a trajetória de duas famílias, avaliando-as segundo as categorias nativas para compreender o significado que conferem às suas próprias experiências: tempo de acampamento,tempo de barraco, tempo de luta e tempo de reforma.Rangel Loera, porém, acompanhou, simultaneamente, o percurso de outros tantos homens e mulheres, a maior parte entre 2002 e 2009, desde os seus primeiros acampamentos. Quando encerrou o trabalho de campo, ela constatou que muitos dos seus interlocutores continuavam a vida peregrina e passou a questionar sobre que outros motivos, além do projeto de “pegar um pedaço de terra”, levariam aquelas pessoas para o mundo das ocupações.Muitos dos integrantes dos movimentos, a autora pontua, almejam também “manter os filhos junto deles” e principalmente “tirá-los da violência da cidade”, enquanto outros buscam um novo sentido para a vida esgarçada e a possibilidade de reconstruí-la. No trajeto até a eventual concretização do sonho as famílias mudam várias vezes de acampamento, voltam para a cidade e retornam, em poucos meses, para as ocupações, desenhando um trajeto caótico de sofrimento, perdas e obrigações cumpridas.
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